melancolia

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Laura Tedeschi

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O tempo

 Como o mundo dá voltas...como as coisas mudam... na vida e na cabeça da gente.

 Ano passado me decepcionei profundamente com uma pessoa. Daí me dei conta que era ingênua: eu, logo eu! Antes tão dona da situação, tão safa... É, eu: insegura, ingênua e fui feita de idiota. Tá foi um soco no estômago em câmera lenta que durou alguns meses. Felizmente eu não preciso ver essa pessoa, então há tempo pra cicatrizar e administrar mentalmente, em breve enfrento. Quero descontar com um tapa de luva. Mas se eu der um tapa na cara literalmente vai ser bem dado... só acho que haverá muito desgaste!!hehehe

Tá, morar aqui tbm não foi nada fácil. Eu me decepcionei com tudo e com quase todos.... mas foram coisas leves e superficiais.. A vida é assim, eu que sempre fui tão enturmada, cheia de amigos, agenda lotada... me senti excluida e isolada. Me senti incompreendida, reprimida, muito reprimida na forma de pensar, contestar. Me senti uma estrangeira no meu próprio país, pra não dizer um alienígena no meu planeta.  Também me dei conta que sou chata, mas sou honesta e assumo as consequências disso. Gostaria de ser mais tranquila, talvez precise de ajuda. O RS me deixou sequelas, minha irritabilidade tá elevada ao cubo, pra alguém que já era ferro e fogo tá no limite.... mas acho que tem conserto.

Mas comecei a escrever pra falar de outra coisa e acabei fazendo um balanço.

 Eu queria dizer que muitas pessoas que admirei, que quis ser como elas, muitos castelos desmoronaram. É difícil dizer sem dizer....
 Mas uma coisa é certa: o jardim do vizinho nem sempre é mais bonito. A comida do vizinho nem sempre é a mais cheirosa. A mulher do vizinho nem sempre é mais gostosa...
As vezes a gente só se dá conta quando a lama emerge. Mas tal como o vizinho não é melhor a gente tbm não é nem melhor nem pior!
    A gente tem que procurar ser feliz, mesmo com o celular quebrado, carro guinchado, calo no pé, barriguinha, criticazinha... mas não é essa felicidade de comercial de margarina não. É aquela felicidade real: de riso e choro, de abraço e briga, descabelada, arrumada, cansada... porque tem muita gente com o jardim verde, com o cabelo liso, com a bolsa da moda que tá na lama.

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