melancolia

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Laura Tedeschi

terça-feira, 26 de julho de 2011

Demasiado humana!

Et aussi je suis malade!! (E tbm eu estou dodoi)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ter ou não ter uma empregada doméstica?

 Eu costumo ter opinião pra tudo... então de vez em quando vou postar sobre como penso em relação a coisas polêmicas (ou não). Assim daqui alguns anos eu posso ver se meus argumentos são consistentes ou se tudo mudou na minha cabeça cheia de novelos de lã! Já adianto que penso meio torto, meus cabelos são encaracolados e minhas ideias ainda mais...

  Então a questão é: o trabalho de casa é desgastante, não muito recompensador, diário e cansativo. No Brasil é muito comum que as famílias tenham empregadas domésticas (claro aquelas com uma condiçãozinha melhor). Nos países desenvolvidos isso é bem menos comum, afinal a mão de obra é bem paga e isso restringe o acesso da classe média aos prestes de uma ajudante de casa.

Existe um discurso pré-pronto (eu não gosto de discursos de microondas, saem tão rápido da boca - nem sei se passam pela cabeça) (mas devo confessar que muitas pessoas não só discursam, mas tem um bom entendimento e são exemplares e coerentes com o que dizem) que é o seguinte:
"o Brasil tem resquiços escravagistas que mantém a cultura da empregada doméstica, isso é um absurdo. A pessoa não tem vergonha de ter empregadas domésticas? E explorar seu igual?"

Eu reitero que o trabalho de casa é desgastante, contínuo, não dá status enfim... um monte de coisa ruim (eu não gosto de cuidar de casa...hehehe), mas o faço e não tenho empregada.


Contudo, entretanto, todavia. Eu acredito que a maior explicação para a existência de empregadas domésticas é a desigualdade social.
A característica que eu vejo que vem da escravidão é a forma (e aí está o problema e não o trabalho em si) como a empregada doméstica foi enquadrada no direito do trabalho, nos direitos de fato e na relação com os patrões (tem que dormir no trabalho, ou chegar super cedo pra fazer o café e só sair depois que a louça do jantar estiver limpa, não tem fim de semana livre... peraí, aí sim, devemos lutar pra não acontecer, quer tudo isso, então tenha dois ou três empregados). Um outro problema que eu só me dei conta recentemente é a relação (espero que antiga) de que a empregada doméstica tinha um papel de iniciação sexual nos adolescentes da casa, isso é um ABSURDO! Inadmissível. E quando falo em empregada doméstica falo na funcionária do lar, não dessa relação equivocada que se criou.



 Então eu vejo que a galera, por mais que a intenção não seja essa, têm um preconceito enorme com o trabalho doméstico.

As pessoas chegam a dizer que não é um trabalho digno... e que é o privilégio de uma classe em explorar outra classe desprivilegiada (e um outro ser humano...).

 Gente, peraí. Temos que discutir outras coisas, inclusive, discutindo os aspectos reais (como melhoria de salários e direitos) a tendência é reduzir o número de empregadas domésticas - se essa é a questão: acabar com esse trabalho desumano...

Mas ao mesmo tempo, essa humilde pessoa, que, para alguns, vai parecer uma alienada de classe média que quer garantir o direito de continuar expropriando o trabalho alheio (daqui a pouco Marx vem aqui me dar um puxão de orelha).... acredita que:
Essa discussão acaba gerando um maior preconceito com as empregadas domésticas, elas são mal vistas pela sociedade. Isso sim é um absurdo.

Seria eu tão alienada?

Eu acredito que todas as funções tem que ser bem remuneradas (lixeiro, gari, doméstica, atendente, empregado rural, professor etc. etc. etc.), ter todos os direitos trabalhistas, aposentadoria garantida, acesso a saúde, educação etc...
Ou vamos extinguir toda a exploração do trabalho? Temos sim que reduzir a desigualdade. Porque uns com tanto e outros sem nada?

Se for porque é ruim limpar a casa, fazer comida... uai, mas é difícil também ser cuidadora de idosos, de pessoas com dependência... e se o parente não consegue fazer isso sozinho?? É expropriação do trabalho alheio? Porque ser doméstica é a pior coisa do mundo?

E tem mais uma coisinha que estava discutindo... as pessoas não podem comparar coisas que são incomparáveis. Se você tem filhos aqui na Europa você tem uma estrutura de creches e colégios para os pequenos de qualidade, vai pra grande maioria das cidades do interior no Brasil, onde deixar os filhos??? Onde?? Quem pode deixar com os avós, ótimo, mas e quem não tem essa opção?

Então sei lá, viu... tem coisas que ainda não me convencem, mesmo que tenham a melhor intenção do mundo...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Amigos de novo

Eu adoro ler, mas não qualquer coisa, tipo artigo científico, denso, em inglês... mas hoje, depois de uma semana, altamente desmotivada eu recomecei com prazer!!! Yuppi

terça-feira, 5 de julho de 2011

Complexo de cinderela

 Na minha adolescência li esse livro. Hoje estou sentindo essa patologia!


  Adoro livros de psicologia, ainda pretendo fazer esse curso... quando aposentar, não sei. Ou apenas  leia um pouco mais. Mas na adolescência foi muito bom, li muito sobre essa área, na mesma época que li esse li também a síndrome de Peter Pan. Achava que seria o mesmo problema (ainda mais que a capa era parecida), um ligado as mulheres e outro aos homens, mas não é bem assim, pra mim são bem diferentes.


  O complexo de cinderela (uma explicação bem grosseira pois deve ter uns 15 anos que li - estou ficando velha), mostra a frustração de mulheres que apesar de bem sucedidas profissionalmente e de terem alcançado diversos diretos antes cerciados (como de trabalho, voto, liberdade de expressão e afins) se sentem muito mal com tudo isso. Elas querem na verdade o conforto do lar, servir o marido, cuidar dos filhos e retomar todas as lembranças que ela e sua geração lutaram pra se desgarrar. Isso causa um conflito existencial e pode levar a depressão, estresse e afins... acho que no livro nem usam esses termos, mas como agora é mais comum falar desses problemas eu tô julgando que o resultado do complexo de cinderela e seus desencadeamentos sejam esses.

 Eu sou feminista (à minha maneira). Apesar de não gostar desse termo, pois popularmente ele tomou um significado distorcido, talvez pela relação com o machismo. Assim prefiro dizer que sou anti-sexista. Não gosto de ser julgada de maneira diferente por ser mulher. Mulheres e homens tem os mesmos direitos e obrigações em casa, no casamento, na sociedade, no trabalho e afins.

Assim hoje o complexo de cinderela devia mudar de nome, pois homens e mulheres estão perdidos e sobrecarregados no seu papel social, e não é pra retomar os papéis (mulher serve e homem recebe). É uma necessidade de freiar as pressões sociais (em todos os sentidos) e ter uma vida mais tranquila.

 Eu estou sentindo uma necessidade gigantesca de estar no meu lugar, cuidar da minha casa, do meu jardim, arrumar um cachorro (prévia para filhos), cozinhar... mudar um pouco minha vida.

  Fazer doutorado nos últimos tempos não tem me dado nenhuma motivação, exceto na minha chegada na França dei um gás, afinal, mundo novo (pra mim, velho pra sociedade e história da humanidade) tinha algumas motivação. Agora esfriou tudo e eu só penso na minha casa, em coisas simples.

 Mon mari também tá assim. Ou seja homens também tem complexo de cinderela, o mundo mudou e os complexos também mudam...

Mas o que causou tudo isso, além da idade é o fato de que estamos sem lenço e sem documento há 3 anos, de galho em galho, de lugar em lugar, tudo provisório, tudo temporário .... .... ....
                             Ok, temos algo mais que esses dois aí!!!
..... ...... tudo novo o tempo todo. O novo trás insegurança (claro, tbm descobertas, excitação e muitas coisas boas), é preciso pausas. "A vida precisa de pausas"! Não temos tido pausas e estou vivendo a insustentável leveza do ser.

Mas eu precisava disso pra saber o que realmente é bom. Deus me conduziu a esse aprendizado, porque Ele sabia que se alguém me contasse eu não conseguiria entender (aceitar).



  Felizmente eu vim prum lugar muito bacana. Estar aqui, gostar daqui me faz seguir (não tão firme)... mas seguir.

 Os franceses até tem uma solução:

domingo, 3 de julho de 2011