melancolia

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Laura Tedeschi

domingo, 27 de novembro de 2011

E o céu voltou a brilhar!!

  Bem, depois de algumas dificuldades nos últimos tempos... eu posso dizer que respiro aliviada!!

  Só posso agradecer pela última semana (mesmo sem o office do meu notebook funcionar e com todas as revisões necessárias), fiz uma apresentação, bem acima do que esperava (considerando que a última amostra dessa apresentação teve gente que saiu chorando e teve gente que, não por isso, mas contribuiu bem, desistiu do doutorado, vcs tiram como é tensa). Dessa vez dois foram mais massacrados eu fiquei um pouquinho acima desses...rsrsrs Tô super feliz, afinal tenho muita dificuldade ainda, em explicar minhas ideias mais complexas em francês e, meu sujeito de tese não tem nada ha ver com o que o pessoal trabalha aqui, então essa abordagem multidisciplinar é bem desafiadora e eles reconheceram isso.

 Fui convidada para jantar na casa do meu orientador (estou super lisonjeada) e foi ótimo (apesar de ter me stressado bem para comprar um presente, afinal hoje é seu aniversário e na quinta fui na casa dele, tbm tive que pensar em algo para sua esposa - super gentil, e a filhota né, afinal todo mundo receber e a pequena não??, pois é, mas foi no mesmo dia da apresentação super tensa e eu não tinha nem ideia do gosto de ninguém, nem da idade da filha... me virei nos trinta, mas foi ótimo, valeu.

  Superei a hostilidade de uma ordinária secretária nova que chegou na universidade... suspeitas fortes de ciúmes do meu orientador... desolé (sinto muito) pra ela. Ela teve de me engolir e essa semana, espero que ela se entale!!

 Até meu dente que quebrou (um pouquinho) esses dias por causa do meu bruxismo (depois quero escrever um pouco mais sobre isso), já me acostumei um pouco e falta pouco para eu chegar no Brasil e ver isso. De quebra muita enxaqueca com o maxilar todo dolorido, insônia e aqueles acessórios básicos (irritabilidade, falta de concentração, cansaço, tensão...) advindos dessa condição....

  Bem como outros problemitias foram pro brejo (eu espero)... Agora é comemorar que tudo deu super certo e bola pra frente!!


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Uma escapolida na Suiça

 Fui lá ver se meu anjo da guarda tava por lá, tentando arrumar uma grana pra mim, mas nada. Ele devia estar por perto, porque os dias foram muito agradáveis, mas praqui pra Marseille ele não voltou...rrsrsr

 Mas eu gostei muito. Queria ver mais neve, mas tudo bem, achamos 1m² de neve e foi suficiente para a farra.




    CERN






 Agora começar a arrumar as malas pros 35ºC!!!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Essa é para meu anjo da guarda

Ele, que tirou férias sem me avisar....


Eu tô te esperando....

 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O mundo precisa mudar!





Fotos de imagens da semana retiradas daqui

sábado, 12 de novembro de 2011

Nada como um dia após o outro

 Algumas noites sem dormir.



Discussões com meus fantasmas.



Um pouco de chocolate com coca-cola.

 [ok, sem merchandising]

Sol.


Chuva.




Banho quente.



Dois vestidos novos...

  Para me sentir melhor...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

Terminando o sandwiche (não o doutorado)

  O baguete é maravilhoso, vou sentir falta.


 A comida saudável francesa também.

 Os molhos que eu quero aprender, tanto para as saladas, quanto para os sandubas.

Mas uma hora ele acaba e é bom degustar uma coisa boa, mas é bom mudar de ares e voltar a comer feijão com arroz.

É, minha estada na França está acabando. Me falta menos de um mês. O doutorado ainda persiste (feliz e infelizmente...rsrsr).

Quem está nessa jornada fique atento, pois se vir é difícil, voltar tbm é uma caixinha de surpresas. Cancelar seguro habitação, sair do apartamento, são coisas que parecem simples, mas que requerem muita burocracia.


Minhas dicas gerais para quem vem para o doutorado sanduíche (eu escrevo de várias formas e gosto do aportuguesamento das palavras como os franceses fazem com tudo, adoro!!):

- Vista a camisa da humildade, pois você precisará dela, ainda que seja genial profissionalmente falando e fluente em várias línguas e se não for, vista a camisa de força da humildade (estou escrevendo algo mais sobre isso);

- Viaje, viaje bastante. Especialmente no país onde estiver. Conhecer outros países é ótimo, mas bom mesmo é conhecer;

- No seu projeto de tese para o sanduíche: considere o contato com pessoas da área (mais que o seu orientador e a universidade onde estará).
          Claro que cada área é diferente, mas pra quem é das ciências sociais (e sociais aplicadas) eu julgo que é muito interessante entrevistar algumas pessoa. Ainda que isso não venha a constar na sua tese, isso será muito bom pra entender a lógica do país onde está. Então inclua alguma entrevista, para mim foi super interessante, falei com muitas pessoas da minha área e me ajudou a reanimar com a pesquisa. Tenho muitos contatos, ainda que ultra superficiais são contato. Me inteirei muito da realidade, porque além do cunho teórico aproveitei pra tirar algumas curiosidades sobre como as coisas realmente funcionam na França me surpreendi e adorei. Além do quê vc terá motivos práticos para viagens!!! Eu conheci muito a França, pois além da entrevista eu sempre conhecia algo por perto.

- Eu tentei gostar da França e dos franceses e consegui. Eu morei no sul do Brasil antes de vir e não me adaptei, assim vir para França foi um motivo para fugir um pouco do meu desconforto emocional, mas vim com muito receio de como seria tudo. Me surpreendi positivamente. Mas nem tudo são flores, alguns detalhes te deixam insegura e incomodada. Nada como um fim de semana, um brigadeiro, uma caminhada... para reestabelecer as forças. Eu não tenho perfil Pollyanna, sinto, sofro e reclamo, mas na tentativa de respeitar as diferenças culturais eu encontrei um conforto para o meu desconforto.

É isso, valeu a pena demás, mas estou super feliz em estar voltando. Super feliz em ir para minha casa.

Eu adoro esse trecho do que diz o Pe. Fábio de Melo:

“...Partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.

E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir.. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.

É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.
Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias.... ...

Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.

Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve."

Pe. Fábio de Melo

sexta-feira, 4 de novembro de 2011