melancolia

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Laura Tedeschi

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Orientação

A vida acadêmica é conduzida por esses elementos: orientador - orientado.
 Eu tive 2 orientadores na graduação, um no mestrado e agora um no doutorado.

  Eu já oriento algumas pessoas. Confesso que não tenho muita habilidade, não sou aquela mãezona querida, longe disso, sou dura, seca e não acho que aluno é amigo (a priori - claro que pode vir a ser, mas isso depende de uma série de outros fatores). Até exagero nessa postura hierarquica, mas tento me resguardar, diferentemente da maioria dos meus colegas de trabalho. Mas sou muito criteriosa, avalio todas as atividades, direciono leituras, explico, discuto e acima de tudo procuro ser justa. Me baseio nas orientações que tive e nos grandes profissionais com quem trabalhei com essa postura.
 Mas o que quero desabafar é que eu nunca imaginei que no doutorado eu fosse me decepcionar tão profundamente com um orientador. PUTZ!
  Descobri que uma das condições é vc admirar seu orientador. Eu não admiro o meu.
 Você tem que confiar no seu orientador. Eu não confio no meu (em todos os sentidos: etico e intelectualmente).
 Você tem que conseguir se comunicar com ele. Eu evito o meu.

 Eu não quero ninguém segurando minha mão e me dizendo o que devo fazer, não, não é isso que me faz falta, já sou grandinha e já trabalhei bastante com pesquisa... Mas eu quero uma discussão intelectual, eu quero avançar nas ideias, não posso fazer isso sozinha sempre sozinha. Agora tenho que aguentar seu ego mediocre que por não conseguir nada tem que diminuir os outros. E espera exatamente a qualificação pra atrapalhar a turma... aiai eu tenho vergonha, não queria vinculo com alguém assim...

  E a torcida do flamengo pra não dizer do inter e do gremio concordam comigo, pelo menos nisso eles reconhecem minha desolação.

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