Deus me dê paciência porque se me der força....
Este blog nasceu da necessidade de falar do que penso (super clichê). Sou uma eterna estudante, mas não quero falar sobre papo cabeça, nem referenciar autores, só quero tagarelar despropositadamente.
melancolia
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Mia Couto
Gente, eu não conhecia esse cara!!! Como não??? A gente tem que agarrar com unhas e dentes quem fala português e fala assim.... ao mundo.
Ele é moçambicano. Cada dia tem aumentado minha vontade de conhecer a África. E até onde eu descobri ele é biólogo, tá bom???
Num parece que a entrevistadora está hipnotisada??? Ou enamorada????rsrsrsr não é a toa né!!!
Ele é moçambicano. Cada dia tem aumentado minha vontade de conhecer a África. E até onde eu descobri ele é biólogo, tá bom???
Num parece que a entrevistadora está hipnotisada??? Ou enamorada????rsrsrsr não é a toa né!!!
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domingo, 11 de setembro de 2011
preocupação
Meu doutorado não anda.
E a culpa é minha. Única e exclusivamente minha.
Vou viajar por duas semanas pra coletar dados. Espero que dê certo e, especialmente, que eu volte mais animada.
Quando voltar vão me restar apenas dois meses aqui. Espero fazer nesses dois meses muito. Pretendo procrastinar menos, ver menos internet e focar no artigo que preciso apresentar... mas isso não é tão simples quanto parece, em se tratando de uma pessoadesmotivada preguiçosa...
E a culpa é minha. Única e exclusivamente minha.
Vou viajar por duas semanas pra coletar dados. Espero que dê certo e, especialmente, que eu volte mais animada.
Quando voltar vão me restar apenas dois meses aqui. Espero fazer nesses dois meses muito. Pretendo procrastinar menos, ver menos internet e focar no artigo que preciso apresentar... mas isso não é tão simples quanto parece, em se tratando de uma pessoa
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terça-feira, 6 de setembro de 2011
Oswaldo Montenegro
Oswaldo Montenegro é um cara que me encanta com sua loucura....
Quero muito ir num show desse cara.
Quero muito ir num show desse cara.
sábado, 3 de setembro de 2011
Discussões e desgastes da internet
Gente eu tô impressionada como as redes sociais em geral tem sido foco de stresses e muito desgaste.
Uma vez aconteceu comigo (acho que foram duas, mas eu não consigo me lembrar direito da outra), foi tudo por e-mail. Eu não vejo problemas em discutir, aliás adoro. Me incita uma boa discussão, mas no geral ela leva pra um desgaste desnecessário...
Mas vamos ao causo: eu recebi um email desses bem bestas sobre uma mulher muito bem resolvida socialmente, mas cansada emocionalmente com as inúmeras cobranças e, que gostaria de voltar no tempo: cuidar do marido, filhos e na brincadeira ela valoriza a subserviência feminina... o e-mail é engraçado. Mas realmente desmerece as feministas que provocaram essa condição de igualdade e pressão nas mulheres. Mas era um email idiota, sem nenhuma pretensão.
Eu já quase não mandava e-mails encaminhados, mas escolhi algumas amigas, bem resolvidas e mandei. Pensei, elas vão se divertir...
Passado um dia eu recebi um email gigantesco de uma amiga me descascando. Ela não mandou só pra mim, mas para todos aqueles que eu tinha enviado. Teve gente que me ligou pra saber o que era aquilo... tamanha a falta de noção. O email era enorme, super denso, embasado teoricamente (a qualidade não sei, porque embasamento teórico a gente consegue pra tudo). Eu fiquei bob’s. Quanto tempo a criatura perdeu pra fazer aquilo tudo. Perdeu o fim de semana, a pobre.
Algumas considerações sobre o caso: eu morei 4 anos com essa amiga (fizemos uma república na época da graduação). Ela é uma pessoa bacana, apesar de sempre impor sua opinião, mas como eu tbm sou osso e nunca aceitei muito... ela sempre me respeitou.
Essa pessoa é feminista, eu também me considero e ela sabe disso. Mas isso não era uma bandeira. Estudávamos numa excelente universidade cheia de ideias revolucionárias, éramos independentes, assim, natural e racionalmente, víamos que homens e mulheres tinham que seguir as mesmas regras... Mas depois que eu recebi a reposta ao meu email encaminhado fiquei chocada. Eu pensei mil coisas. Como as pessoas mudam. Que loucura. Mentalmente eu tinha, a cada minuto, uma resposta altamente rebuscada para lhe dar. [Como eu faço discussões mentais até com quem não me conhece, imaginem que eu tinha um prato cheio. Mas ao mesmo tempo eu estou na campanha pra me transformar numa pessoa melhor (ou eu melhoro ou desenvolvo uma úlcera enorme porque meu instinto é mau).]
Ela foi grosseira, me tratou como uma idiota, ( trecho do email "Confesso que fiquei estarrecida em saber que em pleno século 21, ainda são disseminados estes pensamentos acerca das mulheres e que ainda conquiste várias adeptas") e dentre outras coisas insinuou que eu era conivente com a violência contra mulher... nesse nível. Eu até disse à mon mari, vou largar o trabalho e ficar aqui em casa com você me batendo o dia todo... Puta que pariu, como uma pessoa que me conheceu (ou não) pôde dizer tanta coisa se referindo ao email, mas, essencialmente, a cabeça oca de quem divulga tal hegemonia machista... ou como consta na introdução do mesmo “me fez achar que esse texto é mais uma reprodução androcêntrica da sociedade patriarcal”...
Eu recebo tanto email que discordo do teor (seja ele religioso, politico, comportamental etc.). Mesmo em emails idiotas, muitas vezes eu não gosto e não concordo. O que fazer: cada um faz o que quer, não é mesmo? Mas eu acho que ou você apaga, ou pede a pessoa pra não enviar mais esse tipo de coisa. Se quer discutir veja se há fundamento na discussão, se justifica o desgaste, se convém, se realmente aquele email condiz com o alarde a ser feito. Eu digo isso pensando também nas polêmicas dos blogs, uma delas começou com a piada da mastercard... sinceramente eu acho exagero, mas cada um no seu cada qual né. Duro é quando esse tipo de coisa te envolve, felizmente eu tô aqui so corujando...
Bem, isso aconteceu com um e-mail encaminhado enviado para as amigas mais próximas, que me conhecem (ao menos eu achava). Agora imagina os blogs, facebooks e twiters estão estourando em situações como estas.
No meu caso eu pensei em responder tantas coisas, mas tantas coisas... mas nunca respondi esse e-mail. Nosso contato é mínimo, por vários motivos. Mas definitivamente eu não quero contato com gente assim.
Depois dessa eu parei de mandar email encaminhado. Eu não gosto de covardia, admiro muito as pessoas que dão a cara a tapa sobre o que pensam e costumo ser assim na minha vida real, mas na internet isso é muito complicado. Só discuto em blog coisas muito relevantes como o melhor sorvete que já comi na vida... e olha que eu AMO argumentar e discutir coisas... mas eu quero paz, eu também quero: olho no olho, tom de voz e, especialmente, eu quero saber com quem estou falando. Isso muda tudo (apesar de muitas vezes a gente apenas achar que sabe com quem esta falando).
Gosto de gente de opinião. Mas gosto de gente leve, bem humorada também. Eu não quero conversar com alguém que eu pise em ovos, vai que eu falo uma merda vou ser queimada na fogueira... além do quê tem momentos e momentos, situações e situações para uma discussão.
Mas diante de tudo isso, eu, na campanha por ser uma pessoa melhor estou ficando quieta. Mas eu teria argumentos para comentar em cada post polêmico que tenho visto (que não são poucos), em cada coisa escrita no face (e como as pessoas se contradizem, uns reclamam que o povo posta bobagens no comentário do face, quando outro critica o que ele postou começa o discurso de liberdade na internet... ), felizmente não tenho tuitíii (rsrsrsr), porque pelo visto é lá que a coisa bomba mais... uf!
Cada dia vejo que o radicalismo, muitas vezes, atrapalha. Eu vejo isso no meu trabalho. Meus alunos as vezes são tão radicais (e ingênuos) sobre alguns assuntos que eu os alerto: sejam realistas, sejam paulatinos na mudança senão vocês perdem a credibilidade e a aceitação. Isso é péssimo pra qualquer movimento (seja feminista, homossexual, ambiental, religioso...). O que não significa que sejamos superficiais em tudo. Significa que você tem que adequar suas exigências ideológicas aos limites do seu interlocutor, claro, no âmbito da discussão. Se a pessoa te afrontou ou ultrapassou seus direitos você tem que usar seus argumentos até o limite. Mas digamos que você vá falar de liberdade sexual com uma pessoa de idade, do interior, muito religioso e conservador você não deve exigir dele o mesmo entendimento de mundo e de sexualidade de alguém solteiro, jovem, na balada etc.
Eu não sei se estou me fazendo entender. O que quero dizer é que é preciso flexibilizar para conseguir mudar. A ferro e fogo não vai. As vezes só instiga a raiva. É isso que vejo que vem acontecendo com o feminismo. As ideias são geniais, mas o radicalismo distorce a lógica do movimento, cria um preconceito enorme pelas feministas, ridiculariza os argumentos. E como as vezes as brigas se dão por motivos fúteis demais isso é um aliado aos tais mascus convencerem muita gente.
O mais engraçado (ou perigoso - já que não faço mais nada) é que por causa disso eu tenho conhecido muitos blogs, um indica a polêmica criada pelo outro e assim vai... e eu gosto de quase todos... (eu realmente sou demente e pouco fundada nas minhas ideias....kkk) adiciono os mais incoerentes. Mas sabe, as pessoas normalmente pecam em algum ponto, mas tentam fazer análises críticas interessantes. Eu acho que não preciso concordar com tudo que uma pessoa diz para me interessar pelas suas ideias. É assim com meus amigos pessoais, quiçá com desconhecidos virtuais. Se não gosto, passo o post, elaboro minhas elocubrações internamente ou discuto com mon mari sobre o que penso quanto à polêmica, ou escrevo aqui. Se passo a não gostar de nada no blog, deixo de seguir ou conferir. Simples.
Uma vez aconteceu comigo (acho que foram duas, mas eu não consigo me lembrar direito da outra), foi tudo por e-mail. Eu não vejo problemas em discutir, aliás adoro. Me incita uma boa discussão, mas no geral ela leva pra um desgaste desnecessário...
Mas vamos ao causo: eu recebi um email desses bem bestas sobre uma mulher muito bem resolvida socialmente, mas cansada emocionalmente com as inúmeras cobranças e, que gostaria de voltar no tempo: cuidar do marido, filhos e na brincadeira ela valoriza a subserviência feminina... o e-mail é engraçado. Mas realmente desmerece as feministas que provocaram essa condição de igualdade e pressão nas mulheres. Mas era um email idiota, sem nenhuma pretensão.
Eu já quase não mandava e-mails encaminhados, mas escolhi algumas amigas, bem resolvidas e mandei. Pensei, elas vão se divertir...
Passado um dia eu recebi um email gigantesco de uma amiga me descascando. Ela não mandou só pra mim, mas para todos aqueles que eu tinha enviado. Teve gente que me ligou pra saber o que era aquilo... tamanha a falta de noção. O email era enorme, super denso, embasado teoricamente (a qualidade não sei, porque embasamento teórico a gente consegue pra tudo). Eu fiquei bob’s. Quanto tempo a criatura perdeu pra fazer aquilo tudo. Perdeu o fim de semana, a pobre.
Algumas considerações sobre o caso: eu morei 4 anos com essa amiga (fizemos uma república na época da graduação). Ela é uma pessoa bacana, apesar de sempre impor sua opinião, mas como eu tbm sou osso e nunca aceitei muito... ela sempre me respeitou.
Essa pessoa é feminista, eu também me considero e ela sabe disso. Mas isso não era uma bandeira. Estudávamos numa excelente universidade cheia de ideias revolucionárias, éramos independentes, assim, natural e racionalmente, víamos que homens e mulheres tinham que seguir as mesmas regras... Mas depois que eu recebi a reposta ao meu email encaminhado fiquei chocada. Eu pensei mil coisas. Como as pessoas mudam. Que loucura. Mentalmente eu tinha, a cada minuto, uma resposta altamente rebuscada para lhe dar. [Como eu faço discussões mentais até com quem não me conhece, imaginem que eu tinha um prato cheio. Mas ao mesmo tempo eu estou na campanha pra me transformar numa pessoa melhor (ou eu melhoro ou desenvolvo uma úlcera enorme porque meu instinto é mau).]
Ela foi grosseira, me tratou como uma idiota, ( trecho do email "Confesso que fiquei estarrecida em saber que em pleno século 21, ainda são disseminados estes pensamentos acerca das mulheres e que ainda conquiste várias adeptas") e dentre outras coisas insinuou que eu era conivente com a violência contra mulher... nesse nível. Eu até disse à mon mari, vou largar o trabalho e ficar aqui em casa com você me batendo o dia todo... Puta que pariu, como uma pessoa que me conheceu (ou não) pôde dizer tanta coisa se referindo ao email, mas, essencialmente, a cabeça oca de quem divulga tal hegemonia machista... ou como consta na introdução do mesmo “me fez achar que esse texto é mais uma reprodução androcêntrica da sociedade patriarcal”...
Eu recebo tanto email que discordo do teor (seja ele religioso, politico, comportamental etc.). Mesmo em emails idiotas, muitas vezes eu não gosto e não concordo. O que fazer: cada um faz o que quer, não é mesmo? Mas eu acho que ou você apaga, ou pede a pessoa pra não enviar mais esse tipo de coisa. Se quer discutir veja se há fundamento na discussão, se justifica o desgaste, se convém, se realmente aquele email condiz com o alarde a ser feito. Eu digo isso pensando também nas polêmicas dos blogs, uma delas começou com a piada da mastercard... sinceramente eu acho exagero, mas cada um no seu cada qual né. Duro é quando esse tipo de coisa te envolve, felizmente eu tô aqui so corujando...
Bem, isso aconteceu com um e-mail encaminhado enviado para as amigas mais próximas, que me conhecem (ao menos eu achava). Agora imagina os blogs, facebooks e twiters estão estourando em situações como estas.
No meu caso eu pensei em responder tantas coisas, mas tantas coisas... mas nunca respondi esse e-mail. Nosso contato é mínimo, por vários motivos. Mas definitivamente eu não quero contato com gente assim.
Depois dessa eu parei de mandar email encaminhado. Eu não gosto de covardia, admiro muito as pessoas que dão a cara a tapa sobre o que pensam e costumo ser assim na minha vida real, mas na internet isso é muito complicado. Só discuto em blog coisas muito relevantes como o melhor sorvete que já comi na vida... e olha que eu AMO argumentar e discutir coisas... mas eu quero paz, eu também quero: olho no olho, tom de voz e, especialmente, eu quero saber com quem estou falando. Isso muda tudo (apesar de muitas vezes a gente apenas achar que sabe com quem esta falando).
Gosto de gente de opinião. Mas gosto de gente leve, bem humorada também. Eu não quero conversar com alguém que eu pise em ovos, vai que eu falo uma merda vou ser queimada na fogueira... além do quê tem momentos e momentos, situações e situações para uma discussão.
Mas diante de tudo isso, eu, na campanha por ser uma pessoa melhor estou ficando quieta. Mas eu teria argumentos para comentar em cada post polêmico que tenho visto (que não são poucos), em cada coisa escrita no face (e como as pessoas se contradizem, uns reclamam que o povo posta bobagens no comentário do face, quando outro critica o que ele postou começa o discurso de liberdade na internet... ), felizmente não tenho tuitíii (rsrsrsr), porque pelo visto é lá que a coisa bomba mais... uf!
Cada dia vejo que o radicalismo, muitas vezes, atrapalha. Eu vejo isso no meu trabalho. Meus alunos as vezes são tão radicais (e ingênuos) sobre alguns assuntos que eu os alerto: sejam realistas, sejam paulatinos na mudança senão vocês perdem a credibilidade e a aceitação. Isso é péssimo pra qualquer movimento (seja feminista, homossexual, ambiental, religioso...). O que não significa que sejamos superficiais em tudo. Significa que você tem que adequar suas exigências ideológicas aos limites do seu interlocutor, claro, no âmbito da discussão. Se a pessoa te afrontou ou ultrapassou seus direitos você tem que usar seus argumentos até o limite. Mas digamos que você vá falar de liberdade sexual com uma pessoa de idade, do interior, muito religioso e conservador você não deve exigir dele o mesmo entendimento de mundo e de sexualidade de alguém solteiro, jovem, na balada etc.
Eu não sei se estou me fazendo entender. O que quero dizer é que é preciso flexibilizar para conseguir mudar. A ferro e fogo não vai. As vezes só instiga a raiva. É isso que vejo que vem acontecendo com o feminismo. As ideias são geniais, mas o radicalismo distorce a lógica do movimento, cria um preconceito enorme pelas feministas, ridiculariza os argumentos. E como as vezes as brigas se dão por motivos fúteis demais isso é um aliado aos tais mascus convencerem muita gente.
O mais engraçado (ou perigoso - já que não faço mais nada) é que por causa disso eu tenho conhecido muitos blogs, um indica a polêmica criada pelo outro e assim vai... e eu gosto de quase todos... (eu realmente sou demente e pouco fundada nas minhas ideias....kkk) adiciono os mais incoerentes. Mas sabe, as pessoas normalmente pecam em algum ponto, mas tentam fazer análises críticas interessantes. Eu acho que não preciso concordar com tudo que uma pessoa diz para me interessar pelas suas ideias. É assim com meus amigos pessoais, quiçá com desconhecidos virtuais. Se não gosto, passo o post, elaboro minhas elocubrações internamente ou discuto com mon mari sobre o que penso quanto à polêmica, ou escrevo aqui. Se passo a não gostar de nada no blog, deixo de seguir ou conferir. Simples.
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